1x26
Me vê de novo, (…).
Trocaria o peso para livre deixar as costas.
Trocaria palavras para livre o sorriso transitar.
Mas é tanta promessa que não há como divinamente intervir.
Vede a mão caprichosa dos minutos que se reúnem.
Minutos que definem os fazeres:
Colocar tempos em longinquas nuvens,
Colocar relógios em antigas ampulhetas,
Colocar o pé fora do chão.
É assim que correremos,
Firmes para não virarmos a poeira das estações afora,
Um ciclo tão doce de chuva tão leve,
De chão molhado e pensar na hora,
Fazer ali o bem cuidar da moça,
Tirar dez, doze , mais felicidades,
Homens que beijariam a rainha como tudo que ela quisesse,
Vinte anos de versos travados como mordidas,
Valendo belas e cortantes mordidas,
Onde ofegantes tempos e bocas atrevidas apostavam,
Talvez por dentro mordias, talvez a aposta disso ser, é não ser.
Seriamos surdos absolutamente
E não lembraríamos de escutar o tempo parar seu Tac.
Logo a destemida vontade dá palavras à boca,
Lembranças que não queríamos como peso,
Danças por tempos que ficam perto daquelas nuvens,
Ares de uma sensação boa, de um prazer em conhece-la,
Inveja de meus olhos por não terem isso em fotografia.