A costa

Então sabemos que olhos nos acompanham,

Sabemos que as lindas costas passam,

E que,

O que no passado, não é possível toca-las mais,

Cada passo é medido de esgueira e sem bobeira somos todos desenhados,

Ao pé de uma arvore somos frutos,

Ao pé de uma dama, terra.

Mas dentro de ser terra somos os que não se perdem no tempo,

Para isso o agradável viver em lembrar, lembrar e lembrar,

Desenhar costas todos os dias,

Por sertões, de “arrivirias” e “tribuzanas”,

Cânticos da paz das cascas grossas,

Toda terra que a dama com pose pisa,

É a terra que queremos deitar.

Mas houve penumbras que “disdesenharam” você,

Furtos por horas, cenas e desvios de acaso.

Mas as costas não se perdem.

As gaivotas, olhai elas a voltar todo dia.