NA CASA MAU ASSOMBRADA

Antonio Cícero da Silva

Fui na casa mau assombrada

E logo em seguida me arrependi

O lugar era na realidade sinistro

E apavorado, procurei de lá sair.

Já havia ouvido alguém falar da casa

Mas jamais acreditei na conversa

Tudo para mim era uma falsa brincadeira

E preguei em mim mesmo, aquela peça.

Logo ao entrar na horrenda casa

Senti vários calafrios por todo o corpo

Um vento forte lá assoviava

E um cheiro desconhecido, ardiloso.

Passei a enxergar várias sombras

Com sons estridentes e assombrosos

Também ouvi alarmantes vozes

E senti a aproximação de seres astuciosos.

E alguma coisa tocou-me

Mas não avistei a nada na capciosa ocasião

As portas e janelas se abriam e se fechavam

E por tanto medo eu vim a cair ao chão.

Mas em seguida me levantei cambaleando

Com o coração veloz a quase sair pela boca

E correndo para fora da arrepiante casa

Escapei e nem mais falo em tal dissimulada.

Antonio Cícero da Silva (Águia)
Enviado por Antonio Cícero da Silva (Águia) em 29/06/2009
Código do texto: T1673700
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