ALQUIMÍCO CINQUENTENÁRIO (O POETA SE REINVENTANDO NO CINQUENTENÁRIO)
ALQUIMÍCO CINQUENTENÁRIO
(O POETA SE REINVENTANDO NO SEU CINQUENTENÁRIO)
Refazendo a engenharia da vida
A poesia flui avassaladora. Ela é viva
Brilha como luzes de neon. A verve prossegue
Insurge rebelde
Dá o tom.
No baile a dança avança
Pisoteada num sapateado
A nudez perfeita, na cama onde o verbo deita
A poesia é fabricada com a essência do natural.
Massacrada na pútrida carne esmagada, deteriorada
Alquímica, a poesia é isso. Não é nada
Sofro as ferroadas do tempo.
Alquímico sou um menino
Na inocência da nudez.
Fabrico-me a cada crepúsculo,
E a cada alvorecer. Morro.
Neste tempo. Não há espaço
Por ele passo
Posso fortalecer. Nascer, Morrer. Florescendo como
Fruto belo, aquele sem sabor
Sou ou não sou.
Um poeta.
Idade não é meta,
Mente-se ou mede-se. (Moisés Abílio) 23/02/59