Desespero II
O silêncio mórbido tomou conta
daquele que a passagem fez
a paisagem não mais familiar
a voz que, não mais ouvida,
tentava a todo custo
gritar.
Vultos era o que via
Vultos era o que consegui ver.
Sua própria sombra
Cadavérica imagem
Assustadora miragem.
A falta de ar na alma
O umbral aberto esperando
Sua entrada
Horror, arrepio.
Tentou debater-se
As sombras, cada vez mais próximas,
Arrastavam as correntes
Do passado remoto...
Desespero
Somente desespero
Finalmente
Acordou.