Com oitenta e sete e na rua

Por um minuto se sentiu constrangido,

Um dedo de Deus no ombro,

Um dedo de Deus no fundo.

O rosto, corou,

Não era por tal momento,

Já nem queria ser momento,

Todos os dois filmes; desacreditações.

Por um minuto escreveu fiado,

Começou todas as estrofes com “por um minuto”,

Uma impetuosa vontade de despejar,

Sobreviver a frente da caneta gigante que tenta trespassar ele.

Socialmente sossegado, um clichê de fingir não ter dor,

Junto com todas estas coisas românticas,

E pessoas a morrer de hética,

E ruas que não param de ver besteiras.

Mas é mais força de vontade que falta!

Luzes e ambulâncias,

Melancias na pista e problemas.

Um sujeito oculto e que não é ninguém

Por debaixo dos eixos,

Impiedosamente socado pelos Pirellis

E pelas grandes toneladas.

Até a morte levar sua alma,

Sua passagem foi suja e pouco imaculada.

O folego agudo, a ultima flauta de ar.

Tocada bela e suja de sangue,

Inacreditável morrer estando vivo,

Mais velho e mais forte.