Mudarei o poema
Um imenso mar de poesias...
deserto de versos,
sorriso de choros,
poema ao avesso.
Sou uma lâmpada apagada,
uma janela fechada,
uma coisa vazia.
Bem-me-quer, mal-me-quer,
hei de ser tudo o que é
um homem que nunca pôde sê-lo.
Correm os camelos no desembesto do deserto
e a festa é finda,
o amor fugido
e o mesmo mundo de ontem
não me é mais tão divertido.
Quando eu tecer o poema novo,
sairei ileso de dentro do meu próprio fogo
para ser do rei seu reino...
e de mim um novo brinquedo,
cheio de novas coisas sérias!