Balada do insano
Julgo, enjaulado, que o jogo,
os gestos e os restos, rejeitados,
decapitados e alados, não são consertados,
mas a paz faz e satisfaz,
refaz e jaz, rente a mente, crente,
endoidecida e vivida. Não é a mesma gente.
Logo, o lugar que alugo dá lucro,
lúcido e voraz, voando e vazando,
quebrado e restaurado, no ritmo que vai andando.
Mato o fato feito rato,
num ato, olhando e molhando,
úmido e distante, de forma que só se faz ligando.
Enfim, o refil do rifle
inflacionou o espaço que passo,
limpo e híbrido, num rosto de desgosto no maço.