Migalhas de uma utopia

Não sei onde estou só sei que nada é como antes.

Minha cidade, meu estado, nem sei qual é o meu país!

Muitos dizem que a guerra nos enaltece e muito nos orgulha,

mas a meu ver são desastres e esquecimentos da humanidade

e dos sentimentos que nos diferem de outros animais.

A vida deveria ter outra razão que não fosse ver

e fazer um semelhante infeliz.

Tiramos o pão dos famintos para comprarmos munições,

e ainda estufamos o peito dizendo que somos nacionalistas!

Queria esquecer os podres da existência,

mas parece que o mal é mais forte na minha carne fraca.

Tenho vergonha das minhas raízes, que me levam para o abismo

não dando a chance da esperança aos meus descendentes.

Até as estrelas se ofuscam, pois todos os seus brilhos e esplendores eram refletores de nossas almas!

Nada mais faz sentido, quando percebemos que todos os sonhos podem virar realidade, inclusive os projetos mais perversos que ambicionam e transformam um sonhador em um homem só de carne

e de vontades egoístas!

Será que sou a única sobrevivente de uma utopia

que me parece ser tão real?

Será que todos se esqueceram que no início de tudo só existia

um ser solitário, que por amor criou e idealizou pessoas

e por amor deu-as livre arbítrio?!

Hoje vivo num mundo onde os sonhos se tornam pesadelos,

árvores se tornam carvão, o solo produtivo torna-se infértil, por poluições, verde que vira desertos,

céus que não trazem mais a calmaria e a pureza do azul,

a conseqüência dos nossos atos nos tronaram doentes!

Será que os desastres naturais são reflexos das nossas almas?

Será que ainda temos chance de cura?!?!

Ranyelle Augusta
Enviado por Ranyelle Augusta em 09/06/2009
Reeditado em 09/06/2009
Código do texto: T1640124
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