Ânsia

Mata-me

através do silêncio escorregadio

à margem

das coisas que devoram

ao cair da noite.

Mata-me

oh clemência!

Com tua doçura e lágrimas.

Rasga-me

como uma estrela fugaz.

Sacia-me

com teu cheiro de cipreste no ar.

Bendito espírito do vento,

leve-me para qualquer direção.

Sussurra em meus ouvidos

canções antigas de amor.

Mata-me aos poucos,

incessantemente

com a tua beleza

estendida em meu peito

ainda que a noite se acabe.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 08/06/2009
Código do texto: T1637552
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.