Corações de Pedra
Os sólidos blocos de pedra
compondo as velhas
e enormes pilastras.
São senis e fortes colunas
a sustentarem o prédio,
um grande templo.
Existe um imenso espaço
livre, aprisionado
pelas paredes e o teto.
É vazio onde habitam seres
que carregam no peito
graníticos corações.
É a solidez da rocha
que bem representa
estas vontades
obstinadas e inflexíveis.
Existe um intenso desejo
de pura materialidade,
uma expansiva coisificação de tudo.
Mais do que espíritos,
parecem guardar
dentro de si duras
e bem forjadas armaduras.
Arrojados em prepotência,
desprezam a suavidade das aves
e admiram a força das feras.
Os temidos predadores
que vivem a marcar
o seu território com a sua fétida urina.
Tudo pela conquista,
pouco importa que os conquistados
sirvam de capachos para os pés.
A luta precisa ser vencida,
pois ao vencedor
cabe ditar as regras
do jogo a ser disputado.
Mais do que qualquer tipo de justiça,
a conveniência que leva
à perpetuação da vitória.
Todas as oportunidades
sendo transformadas
em meras medidas
de servil utilitarismo.
A arrogância alimentando
a vulgar prepotência,
tendo ouvidos que não querem ouvir.
A avidez e o delírio
levando à adoração
por supostas relíquias
cheias místico poder.
Os sólidos blocos de pedra
compondo as velhas
e enormes pilastras.
São senis e fortes colunas
a sustentarem o prédio,
um grande templo.
Existe um imenso espaço
livre, aprisionado
pelas paredes e o teto.
É vazio onde habitam seres
que carregam no peito
graníticos corações.
É a solidez da rocha
que bem representa
estas vontades
obstinadas e inflexíveis.
Existe um intenso desejo
de pura materialidade,
uma expansiva coisificação de tudo.
Mais do que espíritos,
parecem guardar
dentro de si duras
e bem forjadas armaduras.
Arrojados em prepotência,
desprezam a suavidade das aves
e admiram a força das feras.
Os temidos predadores
que vivem a marcar
o seu território com a sua fétida urina.
Tudo pela conquista,
pouco importa que os conquistados
sirvam de capachos para os pés.
A luta precisa ser vencida,
pois ao vencedor
cabe ditar as regras
do jogo a ser disputado.
Mais do que qualquer tipo de justiça,
a conveniência que leva
à perpetuação da vitória.
Todas as oportunidades
sendo transformadas
em meras medidas
de servil utilitarismo.
A arrogância alimentando
a vulgar prepotência,
tendo ouvidos que não querem ouvir.
A avidez e o delírio
levando à adoração
por supostas relíquias
cheias místico poder.