Metástase

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Vi o deserto rude nesta neutra ala;
A areia nos olhos mata de agonia!...
Infinda é a solidão ao raiar do dia,
Feneço no fascínio desta vala.

Na rota chula do mundo de nada;
De coração inerte e a mente fria,
A morte é lenta... cai a filosofia
— Ó, vácuo, és imundo!... — A voz se cala!

Raquítico é o olhar. A mente é vazia;
Tento a saída pelas grades sombrias.
— Onde a cura nesta noite incerta?

Na morada meu número é zero,
Sou do lixo no Governo de Nero,
Morro todos os dias... de boca aberta!

Ribeirão Preto, 03 de outubro de 2002.
13h40 min.
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 01/06/2009
Código do texto: T1627215
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