Todos contra Todos
Uma correria geral,
com cada vivente
adotando o rumo diferente,
trazendo para as vias públicas
uma inundação de pessoas.
Um movimento desordenado,
uma coletividade anárquica,
toda uma comunidade a correr
como se fugisse de tiros.
Nenhuma ponderação,
não há tempo para refletir,
melhor correr.
Necessário não cair,
evitando o risco
de ser pisoteado por todos.
Sim, toda uma coletividade
a esmagar o indivíduo
que não adota seu movimento.
Pouco importa avaliar
se este é bom ou ruim,
é preciso acompanhar.
Então, que todos corram
até esgotarem todas as energias vitais.
Que cheguem ao limite
de seus pulmões e musculatura.
Que, exauridos, caiam todos,
um a um,
até que cubram o solo com seus corpos.
Quem sabe, nesse momento,
esgotados em suas forças físicas,
sejam passivos
à ação dos seus pensamentos,
por estarem exaustos para fugir.
De hora para a outra,
verem-se obrigados
a utilizar o raciocínio.
Um tanto "broncos",
tentarão a patética solução
de mexer e balançar a cabeça,
tomando suas ideias
como se fossem insetos
incômodos a perturbar.
Não adianta, a consciência
está dentro de cada um,
fala aos ouvidos da alma.
Maldizem, praguejam,
acham horripilante
utilizarem o cérebro para pensar.
Basta-lhe, como comandante do corpo,
a satisfação
de seus prazeres mais idiotas.
O cotidiano, tido como para ser vivido
e não analisado, isto não interessa.
Por que recriar decisões,
se os instintos parecem
já ter todas as respostas?
Para que toda essa sofisticação
intelectual e emocional,
não bastam os hormônios?
Por que a intuição, a moral ,
a ética? Não são suficientes
os dogmas e os rituais?
Tremendo desafio:
mesmo esgotados,
melhor reunir as últimas forças e fugir.
Utilizando as pernas
para escapar da voz
que vem de dentro do coração.
Uma fuga silenciosa e respeitosa,
tendo vergonha,
mas preferindo a indiferença.
Uma correria geral,
com cada vivente
adotando o rumo diferente,
trazendo para as vias públicas
uma inundação de pessoas.
Um movimento desordenado,
uma coletividade anárquica,
toda uma comunidade a correr
como se fugisse de tiros.
Nenhuma ponderação,
não há tempo para refletir,
melhor correr.
Necessário não cair,
evitando o risco
de ser pisoteado por todos.
Sim, toda uma coletividade
a esmagar o indivíduo
que não adota seu movimento.
Pouco importa avaliar
se este é bom ou ruim,
é preciso acompanhar.
Então, que todos corram
até esgotarem todas as energias vitais.
Que cheguem ao limite
de seus pulmões e musculatura.
Que, exauridos, caiam todos,
um a um,
até que cubram o solo com seus corpos.
Quem sabe, nesse momento,
esgotados em suas forças físicas,
sejam passivos
à ação dos seus pensamentos,
por estarem exaustos para fugir.
De hora para a outra,
verem-se obrigados
a utilizar o raciocínio.
Um tanto "broncos",
tentarão a patética solução
de mexer e balançar a cabeça,
tomando suas ideias
como se fossem insetos
incômodos a perturbar.
Não adianta, a consciência
está dentro de cada um,
fala aos ouvidos da alma.
Maldizem, praguejam,
acham horripilante
utilizarem o cérebro para pensar.
Basta-lhe, como comandante do corpo,
a satisfação
de seus prazeres mais idiotas.
O cotidiano, tido como para ser vivido
e não analisado, isto não interessa.
Por que recriar decisões,
se os instintos parecem
já ter todas as respostas?
Para que toda essa sofisticação
intelectual e emocional,
não bastam os hormônios?
Por que a intuição, a moral ,
a ética? Não são suficientes
os dogmas e os rituais?
Tremendo desafio:
mesmo esgotados,
melhor reunir as últimas forças e fugir.
Utilizando as pernas
para escapar da voz
que vem de dentro do coração.
Uma fuga silenciosa e respeitosa,
tendo vergonha,
mas preferindo a indiferença.