A ALDEIA DE VIDRO

Uh- a paz dentro da redoma

o feto parece preso,

na liberdade de viver, vivendo,

uivo é apenas o riso dos índios,

ao amanhecer...

os ângulos cruzam e marcam o ponto zero

partida e chegada, de quem ainda não foi,

vidro de vidro parede para os insetos.

Aldeia de vidro não jogue pedra,

os mestiços, mulatos, mamelucos e índios dançam

para chamar a chuva do seu alimento.

A canoa, o remo, nas quebradas do rio

se vens, se estais, se enche de tanto comer,

a cantilena, a verdade e o papagaio de arribar.

Não foi o que eu queria escrever, com sol,

com sal, mel, e o vôo do besouro de estrume,

quero e ao mesmo que quero que seja assim amanhã.

Com mutação visível, assim também têm o seu valor,

tem distância, corda de sisal, uma andorinha a planar, passa um colibri...

A aldeia de vidro-

MOISÉS CKLEIN.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 30/05/2009
Código do texto: T1622505
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