A ALDEIA DE VIDRO
Uh- a paz dentro da redoma
o feto parece preso,
na liberdade de viver, vivendo,
uivo é apenas o riso dos índios,
ao amanhecer...
os ângulos cruzam e marcam o ponto zero
partida e chegada, de quem ainda não foi,
vidro de vidro parede para os insetos.
Aldeia de vidro não jogue pedra,
os mestiços, mulatos, mamelucos e índios dançam
para chamar a chuva do seu alimento.
A canoa, o remo, nas quebradas do rio
se vens, se estais, se enche de tanto comer,
a cantilena, a verdade e o papagaio de arribar.
Não foi o que eu queria escrever, com sol,
com sal, mel, e o vôo do besouro de estrume,
quero e ao mesmo que quero que seja assim amanhã.
Com mutação visível, assim também têm o seu valor,
tem distância, corda de sisal, uma andorinha a planar, passa um colibri...
A aldeia de vidro-
MOISÉS CKLEIN.