VIAGEM AO FUNDO DO SER

VIAGEM AO FUNDO DO SER

Hoje, irei te miniaturar,

Para você me ver por dentro,

Então em minha artéria principal, irei te injetar,

Para que vá, ao meu epicentro.

E na primeira parada,

Após entrar na corrente do meu ser,

Verás uma casa desarrumada,

Escrito que: PERTENCE A VOCÊ.

E é esta casa que bombeia,

De forma descompassada,

É ela que ama e que odeia,

Muitas vezes de forma errada.

Mais vamos seguindo em frente,

Para que veja o pulmão,

Vital para a vida da gente,

Bem como o coração.

E assim num profundo suspiro,

Você poderá enxergar,

Que até no ar que respiro,

Em cada partícula estas.

E subindo por uma artéria,

Chegaras ao comando superior,

A essência da matéria,

Lugar de mistérios, onde é produzido o amor.

Verás um grande salão vazio,

E no final de um corredor,

Neurônio tristes de um cérebro frio,

Antes de ter teu amor.

E no salão nobre,

Um arquivo principal,

De uma casa pequena e pobre,

Deste ser quase normal.

E no arquivo uma pasta,

Com um mapa da ala esquerda e direita,

Escrito que só teu amor me basta,

Pois por Deus, para mim, foste feita.

E que apesar do seu desdém,

Meu cerebelo, neurônios, e todo nervoso sistema,

Não quer saber de mais ninguém,

Só de ti, minha doce pequena.

E finalmente a visão deste cenário de mim,

Meu olfato e o paladar, e antes do final do destino,

Veja meu fígado meu baço e meu rim

Meu estomago, e as feridas do meu intestino.

E entenderás por que te chamo,

Porque grito, brigo e imploro,

É tudo porque te AMO,

E não quero ver você saindo como agora,

De um passeio insólito, por cada um de meus poros.

LUIZ AUGUSTO DA COSTA

28-05-2009