Skate Keith

Natural que fôsse assim,

ir rolando sobre a mesa

com os dedos guiando

um protótipo de prancha,

imaginando as ondas,

manobrando a vida,

já que seus movimentos

não respondiam ao comando

do cérebro.

Cabelos longos e lisos,

braços forte e firmes,

um jeito infantil no olhar,

pela casa uma cadeira que anda,

o telefone toca

alguém vem para janta.

Os monstros lá fora estão em festa,

e na praia os anjos deslisam nas ondas,

depois deixam marcado na testa

enquanto fazem a ronda.

Meninas de rabo de sereia

inventam novas cantigas de roda,

sapos nunca serão príncipes,

e nunca estarão na moda.

Purpurina pelo corpo,

parafina pela prancha,

alguém já está morto

só resta uma mancha.

Mateus Ambra
Enviado por Mateus Ambra em 22/05/2009
Código do texto: T1609444
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