O gosto desgosto

Eu me chamo desgosto

E corri o mundo como um sopro.

Calei gargantas e marquei rostos,

Feri alguns e matei outros.

Sou o filho da desilusão,

Do orgulho primo-irmão.

Pai de todas as moléstias, mágoas

e angústias malcuradas.

Trago comigo o poder irresistível da dor.

Sou conselheiro da vida,

Enfermeiro de toda ferida

E de todas as Fúrias, Senhor.

Àqueles que me apetecem,

Deixo um canto de dedicação,

Uma luz e uma estrada a seguir

Um caminho, uma única mão.

Silvana Bronze
Enviado por Silvana Bronze em 16/05/2009
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