O gosto desgosto
Eu me chamo desgosto
E corri o mundo como um sopro.
Calei gargantas e marquei rostos,
Feri alguns e matei outros.
Sou o filho da desilusão,
Do orgulho primo-irmão.
Pai de todas as moléstias, mágoas
e angústias malcuradas.
Trago comigo o poder irresistível da dor.
Sou conselheiro da vida,
Enfermeiro de toda ferida
E de todas as Fúrias, Senhor.
Àqueles que me apetecem,
Deixo um canto de dedicação,
Uma luz e uma estrada a seguir
Um caminho, uma única mão.