NOVEMBRO

Meu horizonte está tão longe

Eu divulgo

Atrás da janela de veneziana ergue uma ponte

Vejo-a comum à todos, é fato.

Por ser gato e não pato veloz

Muito mais vida por vir

Minha janela verde empoeirada falha

Alquimia doce aquarela via-se

Passa caindo um colibri

Fico sentido; de fome leão

Dar-me prazer quero vê-la, sopro balão [...]

Notório ao sol vigente

Cada manhã seu ser é passageiro

Grito da lua, isto é perfeição

Citar minhas unhas

Raposa, tinta e chão...

Como virá a rua escorpião

Ladeira flexível, eu quero entender;

O que passa longe do meu coração

É o que não tenho nas mãos.

MOISES CKLEIN.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 15/05/2009
Código do texto: T1595912
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