NOVEMBRO
Meu horizonte está tão longe
Eu divulgo
Atrás da janela de veneziana ergue uma ponte
Vejo-a comum à todos, é fato.
Por ser gato e não pato veloz
Muito mais vida por vir
Minha janela verde empoeirada falha
Alquimia doce aquarela via-se
Passa caindo um colibri
Fico sentido; de fome leão
Dar-me prazer quero vê-la, sopro balão [...]
Notório ao sol vigente
Cada manhã seu ser é passageiro
Grito da lua, isto é perfeição
Citar minhas unhas
Raposa, tinta e chão...
Como virá a rua escorpião
Ladeira flexível, eu quero entender;
O que passa longe do meu coração
É o que não tenho nas mãos.
MOISES CKLEIN.