ASTRONÔMICO
O ar não toca o chão
A luz sussurra em segredo
O clamor se distancia no mar
Da imensidão do firmamento
Eclodem saltadores de relâmpagos
Sobre as quatro estações
Cambaleiam em aplausos contundentes
Fagulhas de portentosos portais
Tambores e pratos se alinham
Batidas fugazes e traiçoeiras
Contorcem as notas significantes
Em um vislumbre celestial
Partem acenos, recados, solfejos
Patamares na encosta da sentinela
O adeus cede seu espaço
E cativa o olhar dos astros
6 de maio de 2009.