O banho da sombra

Sobre a cabeça embriagada e fria

Cai a água escorrendo riscando o chão

Gota a gota matando a charada

Separada pela simetria.

Oh baú da verdade o que trazes da vida?

A sombra sobre pingos de imagens

Enterradas em miragens

Num quadrado com o ralo

Ciclone do líquido pago no final do mês.

A resta impregnada na matéria morta.

Me resta abrir a porta

Ao arder do sol

Epidemia de sombras

Carícias, tatuagens de verão.

Sidcley Barbalho Junior
Enviado por Sidcley Barbalho Junior em 09/05/2009
Reeditado em 14/09/2009
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