O banho da sombra
Sobre a cabeça embriagada e fria
Cai a água escorrendo riscando o chão
Gota a gota matando a charada
Separada pela simetria.
Oh baú da verdade o que trazes da vida?
A sombra sobre pingos de imagens
Enterradas em miragens
Num quadrado com o ralo
Ciclone do líquido pago no final do mês.
A resta impregnada na matéria morta.
Me resta abrir a porta
Ao arder do sol
Epidemia de sombras
Carícias, tatuagens de verão.