Redentor

Na janela dum tempo atrás

Passara o vento de cristal soprando aos olhos

Numa valsa singularíssima

Sobre a margem do eterno criador.

Na janela dum tempo atrás

As igrejas em plenitude soavam os sinos

E as crianças na Rua a brincar em paz

Martelando cavalgadas daquele sorriso.

Na janela dum tempo atrás

Mansamente escorre à tarde

E de resto duas pernas e uma face

Germina versos dum tempo atrás.

Sidcley Barbalho Junior
Enviado por Sidcley Barbalho Junior em 09/05/2009
Reeditado em 31/03/2012
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