Redentor
Na janela dum tempo atrás
Passara o vento de cristal soprando aos olhos
Numa valsa singularíssima
Sobre a margem do eterno criador.
Na janela dum tempo atrás
As igrejas em plenitude soavam os sinos
E as crianças na Rua a brincar em paz
Martelando cavalgadas daquele sorriso.
Na janela dum tempo atrás
Mansamente escorre à tarde
E de resto duas pernas e uma face
Germina versos dum tempo atrás.