Labirintos de dois corpos
O teu desejo é me prender. Esqueces-te que sou também sensual nas letras e que me satisfaço com teus versos de amor.
Talvez tenha chegando o momento deu partir. Sinto claramente que não tens mais interesse em meu aroma. Então, de hoje em diante vou penetrar noutro jardim. Com a mesma delicadeza, com as mesmas incertezas, eu vou me entregar a outra semeadura.
Que goste dos meus ciclos. Que aprecie as trocas das folhas que mantém o meu desenho. Que não tema sentir minha formação por inteiro.
Não, não, eu não vou deixar secar toda a vicissitude da minha espécie esperando por ti. Tenho muito a te dar, mas tu não queres receber. Falta-te tempo para acolher o meu florescer. Eu sei devo deixar-te ir, sem conhecer o meu gosto.