paraíso da incerteza

latas epidêmicas pelas avenidas

mares decifrando a geografia no chão

bocas mal amadas e depois ressequidas

chá com goiabada que enganou o cascão

alicerce imundo, mijo de crocodilo

não pesou um quilo o peido do pensador

gavião da mata argumentado com o esquilo

que a beligerância é o medo do opressor

coruja agorando a luz que estava acesa

cavalo na mesa e a sua sopa de pão

baleia assassina namorando a princesa

enquanto a menina escorraçava o leão

era o paraíso onde morava a incerteza

e o meu juízo cabia na minha mão

Rio, 20/04/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 04/05/2009
Código do texto: T1574543
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