Pororoca

Desejamos a pele, mas não só e sem semelhança.

Perfume e ternura não estão no ar daqueles,

Penas e plumas e roupas de arames.

Nós a entregamos pela rua, faça você um favor então:

Chora.

Possui desejo?

Atiça lógica.

Desde então temos morrido,

Desprovidos dos tantos amores,

Jogados pelas margens dos tambores,

E lendo... Heleno homem que lia.

Temos revisto a morte, nossa...

Atribui-se atritos ao porte desnecessário,

De tantos detritos assim, o rio sobe.

A mim ou nós,

O proposto entre o rio e a foz

Não seca com a canoa no leito,

No meio.

Não afunda na ilha de areia,

Dos restos dos prédios burgueses de homens que não sabemos o que e quem são.

Nas horas de arrogância o mar bate no rio...

Depois é só amor e mais muita safadeza por trás..

Desde então é um tal de sexo prá cá,

Sexo prá lá...

Sexo por lá.

Onda que vai e vem..

(Leitura abreviada e lenta, faça a digestão sentados)