Quem me dera...
Quem dera ninguém, senão nós mesmos, fosse senhor de nosso destino
Que o rumo da vida que achamos ser nosso, nosso de fato fosse
Que a vida que vivemos, nenhuma satisfação devesse
Quem dera a vida fosse sempre como eu queria
Que o tom suave da melodia continuasse
Que o crepúsculo da noite demorasse
Que a flor não mais murchasse
Quem me dera...
Que o novo jamais envelhecesse
Que a dor do mundo nunca me atinjisse
Que o doce em todos os paladares estivesse
Quem dera os sonhos mais belos fossem cotidianos
Que as cólicas menstruais fossem a pior dor que se sentisse
Que a beleza em meus olhos, com a penumbra não se deparasse
Quem dera crianças famintas com algum escrito pudessem se alegrar