MartelArte
Pessoas andam na escuridão,
Seus rostos pintados de tudo
E seus olhos refletindo o nada
Rastejavam na negritude-vastidão.
Uma mão audaz e atroz, por entre
Estes entes ausentes e carnais,
Enluvada em couro marrom, batia
No piso tosco incessantemente.
O martelo de tamanho esmagador,
Aonde batia abriam-se fendas e cores:
Vermelho, roxo, amarelo, vida...
Preenchiam o chão morto e quebrado.
Suas irís que antes viam o nada
abriram-se de tons quentes e frios
Sentiram na carne penetrar a tinta
Que ardia a alma e intelecto...
Era a Arte que saía enlutada
De um solo funesto de mentes inférteis
A golpes de martelo podia-se ouvir
De cada pincel estendido a palavra:
R-E-V-O-L-U-Ç-Ã-O