MartelArte

Pessoas andam na escuridão,

Seus rostos pintados de tudo

E seus olhos refletindo o nada

Rastejavam na negritude-vastidão.

Uma mão audaz e atroz, por entre

Estes entes ausentes e carnais,

Enluvada em couro marrom, batia

No piso tosco incessantemente.

O martelo de tamanho esmagador,

Aonde batia abriam-se fendas e cores:

Vermelho, roxo, amarelo, vida...

Preenchiam o chão morto e quebrado.

Suas irís que antes viam o nada

abriram-se de tons quentes e frios

Sentiram na carne penetrar a tinta

Que ardia a alma e intelecto...

Era a Arte que saía enlutada

De um solo funesto de mentes inférteis

A golpes de martelo podia-se ouvir

De cada pincel estendido a palavra:

R-E-V-O-L-U-Ç-Ã-O

R Duccini
Enviado por R Duccini em 26/04/2009
Reeditado em 29/04/2009
Código do texto: T1560682