Poesia do fim anunciado-Matamos a nós mesmos.
Ao longo da estrada
avistei a mulher seminua
lânguida, sexy, despudorada
buscando da vida aventura
no sangue negro emoldurada
a morte visível em seu corpo
toda mórbida e enroscada
acenando veementemente
a podre mão ensanguentada
mensageira dos vis acidentes
sorriso macabro entredentes
Todo meu exangue ser tremeu
ao avistar tantas correntes
e muitos fragmentos de gente
no céu a fornalha sol ardente
queimando o asfalto e o chão
Gritei em alto e bom som
acordando o mundo ao redor
e a luz do abajur exibiu
o quarto cheio de suor
onde boiavam troncos de árvores
assassinadas por homens rudes
que desmatam e destroem
A vida humana acabava
ao fim de toda flora e fauna.