Nem as estrelas são para sempre
na fratura da pedra a labuta criativa
o arrimo preciso do martelo em punho
existindo onde não se pode ser pensado
uma parte da vida que não se pode escrita
o desafio semântico terra que sobe ao sol
mofo perfurando a pele rasgando a língua
abrindo feridas em corpo dourado o destino
não importa para onde irá pôr seu olhar
o refinado martelar da mão evidente a jóia
delírio do vidro desmontando verbal do ferro
ludibrio de vida na solitária conversa amiga
canção sobrecarregada no disfarce do eco
passe da mágica do metal ao encantamento
o brilho eterno que qualquer estrela invejaria
jóia que ensina aos futuros a efemeridade
delineada vida pela pilhagem do tempo.