Brumas e nada mais...


A noite apocalíptica engolira o sol,
a lua, as estrelas e a luminosidade
de dias harmoniosamente belos.
Ah... e o arreból
a mocidade
os castelos
de sonhos?

E na madrugada, os trovões,
os gélidos sopros do leste,
árvores retorcidas na escuridão
a doença, a morte, a peste...

Terra abatida
Cinzas
...sem saída

As sombras da morte
caminham céleres
selam a sorte

Mar morto, sem espumas
Engessadas ampulhetas
Restam apenas brumas

e nada mais...