O mundo sem chão e frio de morte
Num mundo
Em que os arco-íris
já são tão pequeninos
Em que os velhos
Morrem em asilos
Em que as crianças
morrem de fome e frio
Já não há estio
Só frio
Frio de morte
Má sorte
O carrossel da feira vazio
O homem do boné assobia
Ninguém ouviu
Já não há ninguém
Tudo tem frio
Sumiu
Sento-me num canto
Num monte de jornais velhos
Perto da barraca que serve cafés
Sem café
Sem bancos para sentar
O homem olha para mim de revés
Escuto um pranto
Há vultos que se escondem nos cantos
Não sei que faça
Olho à minha volta
Todo o mundo anda mas não tem pés
Será que já não há chão.
Já não há risos de crianças
Esses eram quentes
Aqueciam a gente
E até derretiam
o frio da alma de quem passava
de tta
março de 2009
Num mundo
Em que os arco-íris
já são tão pequeninos
Em que os velhos
Morrem em asilos
Em que as crianças
morrem de fome e frio
Já não há estio
Só frio
Frio de morte
Má sorte
O carrossel da feira vazio
O homem do boné assobia
Ninguém ouviu
Já não há ninguém
Tudo tem frio
Sumiu
Sento-me num canto
Num monte de jornais velhos
Perto da barraca que serve cafés
Sem café
Sem bancos para sentar
O homem olha para mim de revés
Escuto um pranto
Há vultos que se escondem nos cantos
Não sei que faça
Olho à minha volta
Todo o mundo anda mas não tem pés
Será que já não há chão.
Já não há risos de crianças
Esses eram quentes
Aqueciam a gente
E até derretiam
o frio da alma de quem passava
de tta
março de 2009