SENTIMENTOS SÃO LUAS

Um rebanho de luas esfomeadas

Visitam meu jardim

De bocas prateadas

Ao redor de mim!

Um torpor sem “tento”.

sorriem, ao chegar

Racham, ao partir!

Cumprimentam “os seus”:

As folhas e o vento

Mas ao partir...

Não sabem dizer adeus

Só ir, para depois vir...

Deixam sinais no tempo

No viço das flores noturnas

sangrentas e indolentes!

Fazendo-as deitar, sem dormir

Mas as luas, também são diurnas!

Ao raiar do sol

Chegam ainda anoitecidas

Sonâmbulas e entorpecidas

“Estatuando” o girassol

Perplexo.

Enternecem, essas luas

Que andam rolando em meu jardim

Praticam um sexo implexo

Suaves e nuas

De toque macio, um cetim!

Essa luas...

Que deitam em meu jardim.