O METRÔ DO INFINITO
O METRÔ DO INFINITO
Juliana S. Valis
De repente, a verdade pega o metrô do infinito,
E, na velocidade de um grito, perde-se o tempo,
Como se um sentimento qualquer se tornasse aflito,
Como se a paz nos guiasse na sutileza do vento...
E tão lento se torna o passo vão da mentira,
Tão sonolento se vê o poder ambicioso e mesquinho,
Enquanto o metrô do infinito na alma se atira,
Buscando o amor, no mais profundo ápice de um redemoinho !
Pois quando o metrô do infinito passou pelas estações desse mundo,
As emoções, os sonhos e os versos se perderam na dor
De tantas faces anônimas e carentes de um sentido profundo
Que perguntavam ao tempo: onde estaria o amor ?
E, sem responder à questão, a verdade pegou
O metrô do infinito, que corre pelas estrelas,
Sem precisar descrevê-las num verso sem cor,
Com tantas luzes na alma que não sabemos contê-las.