Vão pro Diabo!

Na noite dos fonemas,

não me arcaizarei.

Por mais que os lingüistas queiram,

não me vocalizarei.

Ò universais ondas lingüísticas,

bafejos latinórios,

lançai-me longe o tédio,

não o deixeis apoquentar-me,

esse gentalho, porquema.

Fremosíssimos fonemas,

não me aportugueseis.

Sou ser, matéria, gente, não vós.

Fonemas, canalhas íntimos,

sede lá justos ou invidos;

mas deixai-me acá em paz,

em paz que por hoje só:

não me fonemeis ou desmorfemizeis.