Vinho Branco
Entregue-se no meu caminho,
Demonstre seus sentimentos
Deguste sem pudor esse vinho
Na clareza de tudo que invento.
Siga o horror do destino,
No veneno da noite adentro,
Penetrando em um sonho sozinho
No prazer de ser um complemento...
Quebre essa taça com gelo,
Derrame seu orgasmo no tempo
Sem saber mesmo compreendê-lo
Se entregue a mim e ao vento...
Saiba que o paladar enganoso,
Persegue o prazer da bebida.
Fugindo do tinto destino,
Curando assim a ferida.
Teus olhos entregues ao delírio,
De beijar o cálice sedento
Transformando o vinho em colírio,
Para não enxergar o tormento.
Negresca aurora pairada,
Do corpo entregue no tempo.
Ao som do silêncio quebrado,
Com pseudos argumentos.
Eu quero do teu vinho branco,
Saber sobre o que vale a pena.
Sonhar e acordar no futuro,
Burlando teu mundo com senha.
Descubro então nessa dose,
O prazer de saber iludir.
No abraço da sua overdose,
Que já não consigo mentir.
O beijo do sexto orgasmo,
Na noite de chuva de prata,
Transborda diante da face,
Que sofre, ou morre ou mata!
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