Amálgama dos Devaneios
O navegável mar nebulizou-se
E além da nebulosa de Órion
Cristalizou-se à noite
Antes que surja o Novo Aeon
Das cinzas daquele tempo
Em que fui um menestrel
Cavaleiro nobre do Vento
Enquanto cuidavas de teu ovil
E no eflúvio de tua magia
Caminho tão obscuro
Minh’alma fortalecia
Como égide de saturno
E por esses anéis que me perco
Como anéis de minha mente
Onde sequer pareço
Ter meus pensamentos ao ver-te
E de minha singela fragata
Abro um canal direto
À sensação alucinada
De fundir-me ao universo
Na chibata, no açoite dos desejos contidos
Meu devaneio percorre a realidade áspera
Nas amplidões dos meus fluídos
A luz da excelência em uma amálgama
Amarfanhada, minha branca túnica de mensageiro
E tuas lembranças no meu colar de diamantes
No fogo dos repentes de um forasteiro
Abrigo teu amor em minha alma dissonante...