NOITES E DESILUSÃO.

Entre o céu e os arranha-céus,

Não vejo nem uma linda estrela.

O ar me sufoca consumindo meu ser.

As luzes,meia luzes,

Com o ar sombrio de uma paisagem.

Londrina em plena Tupiniquim.

Mares de pedras,

Cinza cortada a pixe.

Quantos trapiches sob pontes.

Povoados de andarilhos,loucos .

Anjos perdidos,nesta noite fria.

Céu sem estrela,céu sem cor.

Como sem cor estão meus olhos,

Cortados pelo infinito e o vazio.

Desta dor expressa por esta gente.

Gente,sem estrela,sem brilho algum,

Sem sonhos algum,algo em comum.

Com nossos sentimentos sórdidos,

Mórbido como o estado deste cenário.

Pedra,gelo sem ar.

Aos poucos a me sufocar,pela desilusão.