Farsantes
a ardência do real
em flocos prateados
obscura
em parte, enluarada
toadavia, ainda
pulsante de ficção!
ah! a deliciosa delicadeza ficcional
o que é de facto?
o quê sou de facto?
vertigens de arrepios
farsantes
(uma chama bruxuleante
sempre ao relento)
sombras iluminadas
com vontades autônomas
sem nomes
somente, aparições
( eu abraço o acaso, será que ele me permite?)