sonhos
A noite é longa
Deitado em minha cama
A calma me faz pensar...
Bem devagar adormeço
Estou cansado
O sono de leve fica pesado
Imagens despertam...
Distante vejo um rosto meigo e sereno de mulher
De certa forma seu nome chamo
Não sei como, mas a conheço...
Ambos fazemos parte de uma história irreal
Parece sobrenatural
Impossível, mas é incrível
O mundo dos sonhos
É soberbo e incompreensível...
O que está distante fica perto,
O que é cheio fica deserto,
O que é pobre fica rico,
O que é preso está livre,
O que está condenado sobrevive...
Na sua grande parte é o inverso do que somos
Do que temos
De nossa realidade
E que fazemos...
Mas, então! O que é a verdade?
Não sei dizer.
Ela se esconde num cenário,
Diria até imaginário
Dos desejos excusos e retraídos,
Como no sonho e na vida o real é adormecido...
Me aproximo então daquela mulher,
Estamos sós.
O lugar é tão bonito,
Há muito verde, um céu lindo de um azul bem colorido
Parece mais o paraíso
Seu rosto agora é conhecido...
A beijo e devagar, vou despindo-a inteira
Sem nada falar sobre a relva nossos corpos se tocam
Se amam e em louca paixão se inflamam...
De repente as imagens se distorcem
Aquela mão macia seguro bem forte
Que se dissipa feito fumaça
E tudo perde a graça...
Um redemoinho fecha o céu, estou sozinho
Isso dói em meu peito que me tira o sonho e o transforma
Em pesadelo.
Quero ar, preciso respirar...
Chamo por um nome, não sei!
É tudo um sonho
ACORDEI....