**Apenas Corpos**


Dois corpos caidos na avenida
Dois seres,...duas vidas!
Que ha pouco tempo riam!...
Brincavam!...
Sonhavam!...
Amavam!...


Mas quis o destino implácavel
Que tudo terminasse assim...
O caminhão não parou
A moto não freou
E para eles...tudo acabou.

Quem são eles?...
Não me é relevante o saber!
O que houve?...
Morreram, partiram,...foi o fim.
Mas que cor eles tem?...
É o de menos importãncia...a mim.

Sei apenas que são mais dois seres,
Vitimas da estupidez!...
Da insensatez!...
Desta corrida louca pela vida,
Sofrida!...
Perdida!...
Sentida!...

São apenas, só dois corpos...
Espedaçados, e espalhados pelo chão...
Da avenida...nua!
Acabou-se a história deles
O sonhos...e as ilusões
Continuam as nossas, a minha...e a tua!!!



    Este poema foi escrito após o acidente trágico de um casal de motoqueiros,que há poucos minutos antes haviam alimentado uma cachorrinha  de  rua , que  amamentava  seus  filhotinhos recem nascidos .  Depois  de cumprirem  sua boa ação,  sairam com a moto e não viram o caminhão atravessar o canteiro.  Os dois tiveram  morte instântanea, mas  com certeza,  morreram felizes . 


 
Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 11/03/2009
Reeditado em 02/11/2015
Código do texto: T1480181
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