UMA CASA NA ÁRVORE
O que se passa próximo daquela casa?!
Da casa com feno e o amarelo
em suas costas
nas estrelas dos olhos
um constelação carregada...
E o tempo balançava as colunas
da casa com a mo-ro-si-da-de
do balanço das antenas dos caracóis...
Naquela casa que
desconsertava vendavais,
desconstruia os temporais
E a dona
tocava a Vida junto aos sons
dos instrumentos...
vendo o tempo avançar
e mover os ponteiros
A casa ouvia
as águas do poço...
se misturando
o passado - futuro - presente
e a dona da Arte se afundava
e ressurgia dos abismos
e a casa via as cordas
a dona cortava a corda
a casa ajeitava uma forma
de jogar novamente
outra corda
até a dona segurar na corda
E o vento assobiava
semi perfeito
nas paredes do fosso
se ouvia a música
que cantarolava
por dentro e por fora...
nos campos de trigo e de feno
quanta angústia
(amarela_mente
quando a casa está só
com a gente)
E galhos cada vez mais verdes
continuavam a crescer
tanto lá... quanto acolá.
São Paulo, 30.IV.06
Arte de Jacek Yerka
O que se passa próximo daquela casa?!
Da casa com feno e o amarelo
em suas costas
nas estrelas dos olhos
um constelação carregada...
E o tempo balançava as colunas
da casa com a mo-ro-si-da-de
do balanço das antenas dos caracóis...
Naquela casa que
desconsertava vendavais,
desconstruia os temporais
E a dona
tocava a Vida junto aos sons
dos instrumentos...
vendo o tempo avançar
e mover os ponteiros
A casa ouvia
as águas do poço...
se misturando
o passado - futuro - presente
e a dona da Arte se afundava
e ressurgia dos abismos
e a casa via as cordas
a dona cortava a corda
a casa ajeitava uma forma
de jogar novamente
outra corda
até a dona segurar na corda
E o vento assobiava
semi perfeito
nas paredes do fosso
se ouvia a música
que cantarolava
por dentro e por fora...
nos campos de trigo e de feno
quanta angústia
(amarela_mente
quando a casa está só
com a gente)
E galhos cada vez mais verdes
continuavam a crescer
tanto lá... quanto acolá.
São Paulo, 30.IV.06
Arte de Jacek Yerka