CONVITE
Um navio francês entrava
o navio brasileiro no porto.
O marinheiro desbrava-se,
no mar se atavia
a andar absorto,
a quedar-se no cabo a vida,
ao passamento,
que a e ele convida
tempestivamente,
embora.
* O comentário mais preciso à interpretação deste poema ganhará nota de destaque em minha página.
Poema postado em comentário ao poema supra.
COMANDANTE
-Tânia Meneses-
Vamos para a França, meu navio.
Vamos amar, ver o mundo cantar.
O mar é nosso e cheio de beijos salgados de luar.
Não atraque, marinheiro, comandante dos meus ventos e procelas.
Não atraque, amor.
Vamos para o horizonte.
Voando com as gaivotas.
Nos braços suaves da felicidade.
Afoguemo-nos no ópio do amor.
Vem, comandante, e me leva contigo, não temerei tormentas.
Nem o inimigo
Vem com as ondas do mistério
Andaremos com as mãos entrelaçadas
E beijos totais.
Eis a minha outra versão:
CONVITE
Um navio francês obstrui
O navio brasileiro no porto.
O veleiro se amansa
No mar, se ornamenta.
A andar absorto
Fica no fim da vida.
A morte que a ele convida
No tempo oportuno,
Em boa hora.
O que se pretendeu com os comentários ao primeiro poema foi uma análise atenta à semiótica da linguagem. Alguns vocábulos podem confundir o leitor desatento. Entrava, ( não o verbo entrar, mas entravar, reter, obstruir); ataviar ( adornar, enfeitar); andar ( não o verbo de ação, mas no sentido de estar, permanecer); quedar ( nada a ver com cair, mas deter-se, ficar, estacionar); cabo (não o da vassoura, mas o fim, no caso, da vida); passamento ( morte); tempestivamente ( que alguns confundem com tempestade) = que sucede no tempo devido, oportuno, no tempo hábil ); embora ( em boa hora).
Um navio francês entrava
o navio brasileiro no porto.
O marinheiro desbrava-se,
no mar se atavia
a andar absorto,
a quedar-se no cabo a vida,
ao passamento,
que a e ele convida
tempestivamente,
embora.
* O comentário mais preciso à interpretação deste poema ganhará nota de destaque em minha página.
Poema postado em comentário ao poema supra.
COMANDANTE
-Tânia Meneses-
Vamos para a França, meu navio.
Vamos amar, ver o mundo cantar.
O mar é nosso e cheio de beijos salgados de luar.
Não atraque, marinheiro, comandante dos meus ventos e procelas.
Não atraque, amor.
Vamos para o horizonte.
Voando com as gaivotas.
Nos braços suaves da felicidade.
Afoguemo-nos no ópio do amor.
Vem, comandante, e me leva contigo, não temerei tormentas.
Nem o inimigo
Vem com as ondas do mistério
Andaremos com as mãos entrelaçadas
E beijos totais.
Eis a minha outra versão:
CONVITE
Um navio francês obstrui
O navio brasileiro no porto.
O veleiro se amansa
No mar, se ornamenta.
A andar absorto
Fica no fim da vida.
A morte que a ele convida
No tempo oportuno,
Em boa hora.
O que se pretendeu com os comentários ao primeiro poema foi uma análise atenta à semiótica da linguagem. Alguns vocábulos podem confundir o leitor desatento. Entrava, ( não o verbo entrar, mas entravar, reter, obstruir); ataviar ( adornar, enfeitar); andar ( não o verbo de ação, mas no sentido de estar, permanecer); quedar ( nada a ver com cair, mas deter-se, ficar, estacionar); cabo (não o da vassoura, mas o fim, no caso, da vida); passamento ( morte); tempestivamente ( que alguns confundem com tempestade) = que sucede no tempo devido, oportuno, no tempo hábil ); embora ( em boa hora).