Últimos deslumbramentos

Folhas exauridas enrugam completamente.

Tonalidade velha de algodoeiros,

Queimam e transformam em cinzas despedaçadas ao sol.

Poeira recaída feito névoa no inverno.

Eternidade contra o efêmero caminho.

Cegaram-se as luzes das perspectivas felizes.

Peito branco e pálido, estarrecido!

Vida branquiada por necessidade do tempo.

Pedras avelhantadas negligenciadas em vida.

Alternativa anêmica e absurdamente destroçada.

[...]

Os diferenciados ventos no passar das temporadas.

A mata maltratada e derrubada, morta, fuzilada!

Os olhos confundem-se na imagem do real.

As três pernas se entrelaçam seqüencialmente.

A queda grandiosa subvertida no abismo.

A vida trancafiada entre madeiras.

O corpo engelhado e mórbido pelo decorrer das horas.

O cheiro fétido e a eterna areia nos ombros.

O preto infinito no ar da matéria.

As lagrimas escorrem por cima da superfície.

Os sons e pensamentos...

Pararam de brotar.

Grégori Augustus Reis
Enviado por Grégori Augustus Reis em 09/03/2009
Código do texto: T1477265
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