NÃO PROCURE


Não procure o tesouro
na face nula do pó.
É tosca a paisagem onde
as folhas caem por si só.

Um duende ateu
desenhou o retrato de um deus
entre as sombras
para enganar os incautos.

Ícone plasmado no vidro
conheço teu rosto antigo
de ser áz inocente, ofendido
e de minha cegueira
o arauto.



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Foto: flowersofhappiness


PROCURA!

Procura em teu ser
a essência do nada.
Procura atendê-la
em seus agouros.
Procura entendê-la
na face que não medra.
O nada esconde a pedra
dos tesouros.
 

Odir, de passagem, interagindo no belo poema de Lúcia Constantino
.


Muito obrigada, meu  amigo poeta,  por sua bela interação.

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 01/03/2009
Reeditado em 11/04/2010
Código do texto: T1464102
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