Merda de Amor
Li da sábia poetisa Maria Flor
Que grande merda é o amor
E que só os idiotas crêem nele
E dentre eles, ela e também este
E às vezes penso nessa verdade
Que é o retrato da pura realidade
Por que se nada me prende a ti
Por qual razão me permito a isso?
Sem ao menos poder te tocar
Ter você em meus braços e amar
Isso é lá algum tipo de vida
Ou não é uma bosta sofrida?
Então que hoje decidi desbocar
Não quero mais essa dor guardar
Vou é mesmo compor e versar
E à puta que pariu tudo mandar
Faço assim pra não mais palpitar
Quem sabe você não vai acordar
E vai me deixar de vez conquistar
Não posso viver aqui só de sonhar
Quero experimentar esta loucura
Fazer dela a mais palpável ternura
Alimentar a minha sede de doçura
Em teu corpo encontrar minha cura
Chega de transitar tanta amargura
Viver das migalhas da tua amizade
Quero você comigo inteira presente
O resto pouco me importa e consola
Então aqui eu exorto... Fica comigo!
Vamos roçar os nossos umbigos
Viver um grande amor no perigo
Bem melhor que viver essa metade...
É nos unirmos agora e pela eternidade.
Hildebrando Menezes