A ESTRELA E A POESIA

Foi lá, no belo céu daquele Norte,

Que uma estrela quis fazer morada.

Junto à poesia que a fez aprisionada,

Tecendo em versos a mais linda sorte!

Feito magia que do peito escorre,

Fluindo em ondas encantamentos,

Transpondo os ares em doces lamentos,

Ao som divino de um perfeito acorde!

Então a estrela que a estremecer se agita

Guarda no peito uma condenação.

Pressente os riscos da atração bendita,

Que se alteia em vagos voos de ilusão.

E a brisa passa, sussurrando alívio,

Enquanto tudo só anuncia dores.

Empresta vívidas e mais lindas cores,

Ornando o mágico e perfeito idílio!

Da dimensão que a tudo isto assiste,

A pobre estrela se prendeu cativa.

Tornou-se escrava desta sina triste

E na POESIA seu AMAR persiste.

Sandra Sarmento
Enviado por Sandra Sarmento em 16/02/2009
Reeditado em 01/01/2011
Código do texto: T1441728
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