De Pedra
Vinde para o nada olho cego e curioso
Te esperam com ânsia respostas escuras
Estampadas na face áspera e sem brilho
De um trincado e tosco espelho de pedra
Apontai para noite teu olhar pernicioso
Para poder atrair as estranhas figuras
Que rodam no mesmo e insensível trilho
Dormente em toscos caminhos de pedra
Afundai na lama observador vil e furioso
Submerge nesse tom tuas idéias obscuras
Não nasce no lodo um poema viscoso
Para registro em toscos livros de pedra