Sem Ariadne...
Meus segredos cruzam dentro de mim
Vão por todas as entranhas em vai-e- vem
Dilacerados de dor... Tal fantasma... Além...
Só... Desamparados em ventanias assim...
De dias tempestuosos em garras frias...
De uma masmorra fétida... Sombrias
Almas a gemer a contorcer-se em clamor
Contra um inimigo feroz- um homem sem amor!
E num vácuo profundo fica por horas tais...
Em estreitos braços de visões mortais!
Como romper à aurora da vida se as trevas
Esposam sua luz? Se em ruínas vagueiam
Esses segredos... Gritando por uma palavra
De Jacó ou de Moisés... “Que Deus tenha
Piedade de mim!”, brado do calvário...
Apenas o ruído de meus passos
No labirinto... Sem Ariadne!