NO MEU MUNDO PARTICULAR
Habito em um mundo desconhecido
cercado por sonhos, medos, fantasias,
imaginária por demais para ser coerente
que sempre encerra onde começa: em mim;
As portas da minha morada
nada passa nem sombras, nem nada
ficam comigo diante a porta
não conheço mais seu segredo de porta
e comigo ficam esperando eu lembrar como abrir-la
atento para o deslocamento das nuvens
diziam-se muito sobre onde habito,
quem deve entrar, quem deve sair
tão secreta agora que até fico de fora
esperando desbravadores mediúnicos
que aventurem em busca de lugares ocultos
algo que não tento mais em aventurar
deixo para eles, corajosos, domadores do destino
não consigo coragem suficientemente
ir de encontro a própria morada
tornou agora muito particular
onde ninguém pisou, e nem a conheço mais
móvel desloca-se sempre de espaço
terra que vezes penso que não há portas
e encontro-me nela que por ser imensa
de mata espessa, vegetação rasteira
não deixa-me tocar por inteira
estou no cerne dela, por isso estou perdido
caminho a linha do horizonte
quero vê-la ate ao longe
a direção que o sol desloca-se
para em uma bússola humana
haver eu de me encontrar, relembrando.