Escrevo teu nome na pedra
Escrevo teu nome
na pedra de diamante
pouco lapidado, confesso
52 lapidadas para por ordem
as reencarnações que te descrevem
por completo. Talvez mais falasse
pelo nome na pedra. Resta
ainda alguns detalhes, os melhores,
que quero que guarde contigo.
Não me revele. Nada quero
do que não é de direito.
Assim sem jeito no decote quebrado,
em pé dançando as nuvens
ao leque da mão. Mantenha
segredo por enquanto. Venho colocar-te
mais um pano nos olhos
para quê apenas seus pés
virem lembranças das travessuras
que circulam nas energias atômicas
dos planetas movendo as horas.
Fontes de bateria do riso,
recarrega-as, use-as bem.
Num nível abstrato teu nome
rígido, ríspido, seco, vontade insolente
na qualidade do masculino em mim,
teu nome escrito assim não é flexível.
Deve ser na gravura
onde teu nome é colocado.