A alma é culpada!
Minha alma já viveu mil anos,
mas meu corpo é apenas um menino.
Meu destino errou todas as minhas sinas
e o que eu ainda não vivi vive comigo
se como o infinito me fosse finito abrigo
e certos pântanos, cheios de minhas salivas...
fossem só desertos
a babarem à vida
e amar profundo fosse apenas uma visita
que o amor faz descomprometido
ao que não é de tudo eterno.
E eu acho de perguntar-me
quais culpas tenho eu
de ser diferente de mim,
igual a ti...
feito alguém que não viveu?